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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Busque-se...


"Partindo em direção a morte, extasiada
Soluçando os passos mal feitos e mal construídos
Poças não me permitem andar sobre as curvas
Os atalhos estão intocáveis pelo caminho
Então sou obrigada a ver o seu sol brilhar longe de mim

As dores que se resumem a versos incompetentes
Guardo o meu segredo não planejado
Afundo as pedras para que ninguém veja as provas
Eu poderia me fazer, poderia tentar ser
Colocar uma máscara e fingir, esse é meu dom

Mas não dessa vez, não hoje, não agora
Dessa vez eu fico, não temo, luto
E ainda coloco no chão as minhas armas
Lavo meus olhos e enfrento a dor completamente nua
Os arames me cortam e eu continuo sorrindo

Meus pesares vão muito além de tudo isso
Pessoas boas não te magoam, não te humilham
Pessoas boas te fazem carinho com os cílios
E dessa vez a minha força será enrijecida
E eu ainda irei te perdoar

Me torno hermética dentro do meu próprio guarda-roupa
Visto algumas peças de roupas para me esconder
Cores vibrantes, listras confusas
Esse é o meu melhor
De tudo é uma aprendizagem

Ninguém é capaz de cortar meus pulsos e sair correndo
Estou aqui, segurando minha garganta, gritando
Meus pedidos de socorro foram escutados
E tão distante me vejo da dor, de você
E isso é a minha libertação, minha vitória.

Meus medos de hoje são minhas coragens de amanhã
E tão pouco esse amanhã vive no meu presente
Te entrego meu passado embrulhado em uma caixa
Onde foi deixada nas poças das curvas por onde andei
Eu encontrei meu atalho, me reencontrei, imensamente."

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